terça-feira, 22 de março de 2011

Anorexia alcoólica: o efeito da dependência

Artigo publicado na web por Henri Bischoff


A anorexia alcoólica, ou também conhecida como drunkorexia, é mais uma das inúmeras conseqüências do alcoolismo. O consumo exagerado de bebidas alcoólicas provoca a perda de apetite, acarretando graves problemas no aparelho digestivo. Esta não é uma doença propriamente dita, ´mas sim um sintoma do alcoolismo, e tem como tratamento o mesmo que seria dado a qualquer outro alcoólatra.
A professora Magda Vaissman, do Instituto de Psicologia da UFRJ é chefe do departamento de Dependência Química da Associação Psiquiátrica do Rio de Janeiro (APERJ) esclarece que a anorexia é a falta de apetite, um sintoma de um problema do alcoolismo em que o alcoólico vai apresentar uma carência nutricional muito forte.“Ao ingerir o álcool, o alcoólico substitui a comida e seus nutrientes, agride todos os órgãos do aparelho digestivo, do esôfago ao intestino”.
A perda de apetite seria uma das outras muitas conseqüências da ingestão de álcool, como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica, varizes e hemorragias, carência de absorção das vitaminas do complexo B que pode evoluir para uma pelagra, diabetes secundária pela interrupção da produção de insulina e inibição da absorção de outras vitaminas que aumentam a excreção. Além do desenvolvimento de anemia macrocítica, na qual os glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte do oxigênio no sangue, aumentam para um tamanho maior que o normal. Anorexia alcoólica, portanto, não seria o termo adequado para nomear o distúrbio, pois não é possível um anoréxico se tornar alcoólatra posteriormente.
“A anorexia alcoólica na verdade não é uma anorexia. É apenas um sintoma de uma deficiência metabólica que o álcool causa. Por isso o alcoólatra já em um estado grave é um sujeito magro, só se alimenta de álcool, deixa de comer” explica a professora que também trabalha no Hospital Escola São Francisco de Assis, da UFRJ.
Há pessoas que convivem com problemas e não se rendem ao vício. Magda Vaissman afirma também que as causas podem estar relacionadas à hereditariedade.
“Famílias desestruturadas, alguns tipos de trabalho e de transtornos psiquiátricos favorecem o alcoolismo. Mas o alcoolismo tem uma base genética, pois nem todos sucumbem submetidos a essas condições. As estatísticas indicam que a maior freqüência de alcoólicos está nas famílias que têm outros alcoólicos.
A abstinência é a melhor forma de tratamento, seja ela alcançada gradativamente ou não. Abster-se do álcool exige estratégias como trabalhos de terapia de grupo, reuniões do AA(Alcoólicos Anônimos), e avaliações clínicas para medir os prejuízos orgânicos do consumo do álcool. “Como podemos constatar, a anorexia alcoólica é um sintoma que se manifesta como estágio avançado do alcoolismo. A característica principal não é a preocupação com o corpo, como acontece com pessoas com distúrbios alimentares — e comumente se pensa. A magreza é conseqüência, assim como os outros graves problemas”, conclui Magda.

Tratamentos da depressão e transtorno bipolar

Depressão

A característica essencial de um Episódio Depressivo Maior é um período mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor deprimido ou uma perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades.

Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ao invés de triste. O indivíduo também deve experimentar pelo menos quatro sintomas adicionais, extraídos de uma lista que inclui: alterações no apetite ou peso, sono e atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, ou pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio.
A fim de contabilizar para um Episódio Depressivo Maior, a presença de um sintoma deve ser recente ou então ter claramente piorado, em comparação com o estado pré-episódico da pessoa. Os sintomas devem persistir na maior parte do dia, praticamente todos os dias, por pelo menos 2 semanas consecutivas. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Para alguns indivíduos com episódios mais leves, o funcionamento pode parecer normal, mas exige um esforço acentuadamente aumentado.

Transtorno Bipolar do Humor

Transtorno caracterizado por dois ou mais episódios nos quais o humor e o nível de atividade do sujeito estão profundamente perturbados, sendo que este distúrbio consiste em algumas ocasiões de uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento do humor e de redução da energia e da atividade (depressão). Pacientes que sofrem somente de episódios repetidos de hipomania ou mania são classificados como bipolares.

Artigo sobre Depressão e Transtorno Bipolar